Source text in Spanish | Translation by SARAH Moraes (#24331) |
En el libro La sociedad de la transparencia (2012), el filósofo surcoreano Byung Chul Han parte otra vez de la metáfora panóptica de Michel Foucault para desarrollar el concepto del panóptico digital. Se refiere a una nueva visibilidad total que permite ver todo a través de los medios electrónicos, empezando por la intimidad de cada persona. Esto abarca las redes sociales y herramientas de Google –Earth, Maps, Glass y Street View– y YouTube. La hiperconectada Corea del Sur tiene la velocidad de navegación por internet más rápida del mundo y es el laboratorio más osado de la sociedad de la transparencia, devenida en una especie de “tierra santa” del homo-digital, cuyo celular es una extensión de la mano desde la cual “explora” el mundo. El control panóptico de la sociedad disciplinaria funcionaba a través de la perspectiva lineal de la mirada desde una torre central. Los reclusos no se veían entre sí –ni divisaban al vigilante– y hubieran preferido no ser observados para tener algo de libertad. En cambio el panóptico digital pierde su carácter perspectivista: en la matrix cibernética todos ven a los demás y se exponen para ser vistos. El punto único de control que tenía la mirada analógica desaparece: ahora se observa desde todos los ángulos. Pero el control continúa –de otra manera– y sería aún más efectivo. Porque cada persona entrega a las demás la posibilidad de que su intimidad sea vista, generando una vigilancia mutua. Esta visión total “degrada a la sociedad transparente hasta convertirla en una sociedad de control. Cada uno controla a cada uno”, escribió el filósofo. (...) El ensayo La sociedad de la transparencia termina planteando que el mundo se desarrolla como un gran panóptico donde ningún muro separa el adentro del afuera. | No livro "A sociedade da transparência" (2012), o filósofo sul-coreano Byung Chul Han aborda mais uma vez a metáfora panóptica de Michel Foucault para desenvolver o conceito do panóptico digital. Referindo-se a uma nova visibilidade total que permite enxergar tudo através dos meios eletrônicos, começando pela intimidade de cada pessoa. Isso inclui as redes sociais e ferramentas como Google - Earth, Maps, Glasse e Street View - e Youtube. A hiperconectada Coreia do Sul tem a velocidade de navegação de internet mais rápida do mundo e é o laboratório mais ousado da sociedade da transparência, tornando-se uma espécie de "terra santa" do homo-digital, cujo celular é um extensão da mão que ele usa para "explorar" o mundo. O controle panóptico da sociedade disciplinária funcionava por meio da perspectiva linear do olhar desde uma torre central. Os reclusos não se viam entre si - nem ao vigilante - e teriam preferido não serem observados para terem alguma liberdade. Em contrapartida, o panóptico digital perde seu caráter perspectivista: na matrix cibernética todos veem aos demais e se expõem para serem vistos. O único ponto de controle que o olhar analógico tinha desaparece: agora se observa de todos os ângulos. Mas o controle continua - de outra maneira - e seria ainda mais afetivo. Porque cada pessoa entrega às demais a possibilidade de que sua intimidade seja vista, gerando uma vigilância mútua. Esta visão total "degrada a sociedade transparente até convertê-la em uma sociedade de controle. Cada um controla cada um", escreveu o filósofo. (...) O ensaio A sociedade da transparência termina fazendo a previsão de que o mundo se desenvolve como um grande panóptico onde nenhum muro separa a parte de dentro da parte de fora. |